Chuva

Chuva

Acabei de descobrir como é bom um fim de semana inteirinho de chuva. Antes eu me incomodava um pouco de ficar trancafiada dentro do apartamento por dois dias seguidos enquanto lá fora a água não parava de cair. É incrível, mas acabo de encontrar a alegria em um fim de semana chuvoso. Sabe por quê? Porque ganhei dois dias inteiramente nossos. Com direito a soneca no colo, sofá, muito cobertor, novas brincadeiras inventadas, gargalhadas, beijos, abraços…

Foi um dos fins de semana mais gostosos dos últimos tempos. Ficamos os três aninhados, curtindo absolutamente cada minuto. Cozinha, sala e quarto foram nosso playground. Soneca prolongada no domingo à tarde. Horas à mesa saboreando os pratos, os sorrisos, as garfadas cada vez mais coordenadas direto para a boca – ou não, a tagarelice (ainda) sem sentido, mas linda, cheia de significado.

Foram dois dias de absoluto aconchego. E novos sons surgiram. Um perfeito “papai” repetido centenas de vezes. Alguns “mamãe” meio manhosos. Outras palavrinhas que tivemos a nítida impressão de ter ouvido, mas acho que era mais vontade nossa de ouvir do que efetivamente tua habilidade para falar. Não importa, nosso coração ouve e entende todos os monossílabos e resmungadas.

E o saldo de dois dias de chuva foi esse. Água caindo lá fora e amor chovendo aqui dentro.

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